Estes meses que passam por mim são tão transitórios que me põem a pensar em muita coisa. Aqui há uns anos, mudou-se a família toda da casa onde vivíamos vai para 14 anos. Estávamos todos a pensar que iria ser muito difícil, pois foi uma casa construída por nós, para nós. Mas afinal, não foi. Acho que quando se muda para melhor, a coisa não custa.
A razão da mudança, a forma da mudança e as pessoas envolvidas na mudança é que fazem a diferença. Muito mais do que o espaço físico em si, o que interessa numa casa, o que faz dela a nossa casa, são as memórias, as vontades.
Já para não falar na capacidade de adaptação do ser humano. Se eu quiser mesmo, o meu T0 em cima da linha do comboio vai ser a melhor casa que já alguma vez existiu. Tal como, o meu casario com piscina pode ser para mim uma prisão.
Ao que eu queria chegar era que a minha casa é a que está dentro do meu coração, é aquela que eu construo em volta do que amo.
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Não tenhas a menor dúvida.
ResponderEliminarCada vez mais, os bens materiais são apenas um complemento a vida em que vivemos. O que realmente conta são as pessoas, os afectos e aqueles que dão cor, brilho e sentido aos nossos dias. Não é o luxo ou um ou dois quartos a mais que te preenchem o vazio.
Eu vivo num T2 simpatico onde cresci. Já tens muitos anos, mas adoro a minha casa. Sinto-me lá bem e como tu disseste, há dias em que só assim faz sentido. Outros nem tanto, em que se torna insuportável viver.
Mas nós aguentamos.