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É fácil ser a vítima. É fácil pormos a cabeça entre as mãos e deixarmo-nos consumir pela imensidão do destino. Exige menos de nós, ficarmos a lamentar a nossa malfadada sorte, a sentir pena de nós próprios e a pensar em como não há ninguém no mundo com uma vida tão difícil como a nossa. Pomos a música triste e somos os maiores mártires que alguma vez existiram.
Por muito bonito que isto fique em filme, na realidade é outra coisa.
Cruzar os braços e desistir de ser feliz, deixar de procurar a solução para os problemas é tão eficaz como a dança da chuva. Por coincidência, funcionou 1 vez em 100.000, mas não é aí que podemos por as nossas esperanças. Não é nas mãos da sorte que podemos deixar a nossa vida, que eu saiba é só uma.
É difícil ser forte. Mas fazer sempre o mais fácil não tem piada nenhuma.
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