quarta-feira, 22 de maio de 2013

Genes


Confrontada com a hipótese de saber o futuro, acho que dizia não. Muito sinceramente, é ligado ao medo de descobrir coisas más, mortes súbitas, infelicidade... Acho que o medo é maior que a possível paz de espírito de saber que vai tudo acabar bem. Além disso, a vida não é um "e viveram felizes para sempre...", vejo mais como ondas, fases que vão e vêem com os acontecimentos da vida.

Isto para chegar aos testes genéticos e à possibilidade de saber coisas. O que mais incomoda é o facto de serem probabilidades, coisas que podem nunca acontecer a probabilidade de 85% e coisas que te acontecem a probabilidade 5%.
A satisfação de poder dizer "Fiz tudo o que podia" parece ser muito forte ou só a necessidade de saber. Mas não deixa de ser uma coisa incrivelmente assustadora, principalmente quando envolvemos filhos.
Porquê saber que se tem grande risco de uma doença incurável? A angústia de se saber uma coisa assim, um machado pendurado por cima das nossas cabeças, não deve ser uma opção de vida.
Acho que os médicos devem ter um papel muito importante e a discussão de quanta informação é suficiente/ de mais deve ser feita.

Tudo isto para demonstrar a minha admiração pela Angelina Jolie, que tomou uma decisão muito difícil.

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