Há muitos anos ouvi uma conversa entre dois homens enquanto comprava pão. Os dois concordavam que preferiam trabalho físico a trabalho mental. Estes senhores prefeririam acartar sacas de cimento durante sete horas a passarem o mesmo tempo a fazer contas de cabeça.
Para mim, na altura, a coisa pareceu-me ridícula. Como é que alguém prefere andar com dores nos músculos quando pode estar à secretária?!
Acontece que há mesmo pessoas assim. E não problema nenhum nisso. Até porque há muito trabalho que consiste principalmente em esforço físico.
Mas o que eu confirmo por estes dias é que eu não sou assim. Antes horas de leitura, horas de contas de cabeça, horas de puzzles, horas a exercitar os neurónios do que horas de tarefa puramente física e da qual não se vê o fim.
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