Eu não gosto delas. Não gosto, pronto. Sei que não devia ter uma opinião tão forte sobre pessoas que não conheço bem, mas não consigo evitar.
Não há nada de abertamente errado com elas, até me parecem ser raparigas simpáticas e são raparigas bonitas. Mas ocupam cargos que me impedem de gostar delas.
Quando me sorriem e sou forçada a retribuir o cumprimento, o meu estômago dá uma volta e quero gritar. Num balãozinho por cima da minha cabeça apareceria a versão dos meus sonhos em que eu, em vez de as cumprimentar e seguir o meu caminho, lhes batia repetidamente na cabeça com a minha mala.
Odeio-as por princípio. Pode não ser um bom princípio, mas é meu. Na minha cabeça serão sempre bimbas, estúpidas e mal educadas. Mas mantenho-me afastada e a minha opinião, nestes casos, não é divulgada. Porque sei que o ódio só serve para me fazer sentir melhor, não tem nada a ver com quem elas realmente são.
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