sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Bentley


Tenho fama de ser rica. Mas não é verdade, estou longe (muito longe até) de ser rica. O que não me impede de esperar que um dia o seja.

O que eu tenho é bom gosto. Eu sei que isto soa a rapariga super convencida, mas cada um gosta do que gosta e claro, que acho que o meu gosto é bom. Outra vez, o que eu tenho é bom gosto. Não é um gosto necessariamente caro. Saber do que se gosta/quer tem o problema de intimidar muitas pessoas.

Então um dia vem a pergunta, "Que carro gostavas de ter?", a minha resposta é "Um Bentley" e a reacção vem logo "Eh pá, és mesmo uma exagerada!".

Exagerada?! Mas estas perguntas não são para responder com aquilo que gostávamos mesmo de ter? Agora também os nossos sonhos têm de ter limites? Se eu tivesse dito que queria um Mercedes topo de gama, não havia problema, mas um Bentley nem pensar. Porque custa muito, muito, muito? Porque não conheço ninguém que tenha um?

Acho mal. Porque o que eu queria mesmo era um Bentley Continental GT azulado, que o 797 chegasse quando eu chego à paragem, uma penthouse com vista para o Central Park, saber tocar piano, ir às compras na Avenida da Liberdade sem olhar para as etiquetas, ir de férias uma vez por mês, conhecer a Austrália, que o meu pc não fosse tão pesado, andar com o homem perfeito por dentro e com o exterior do Matt Bomer, ter mais paciência, saber falar francês, etc, etc, etc.

Não percebo o mal de sonhar grande, a sério que não. Já me basta o mundo ser grande à brava e todos as dificuldades desta vida, não sou eu que vou apontar para baixo.

E isto não é das coisas mais bonitas que algumas vez viram?

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